O Futuro de Israel
P.R.F. Franz
Introdução
Os sinais da volta de Jesus nos indicam que estamos às margens de um rio Jordão transbordante de dificuldades; Porém, já podemos vislumbrar as belezas da nova terra. Sim, além da tribulação, há um destino de glória para os filhos de Deus. Por isso não devemos pôr os nossos olhos nos problemas à frente, mas sim nas maravilhas que Jesus nos foi preparar e que só virão depois deste tempo de angústia que se avizinha. No passado, antes de atravessar o rio Jordão, o que era uma impossibilidade para o povo de Deus, disse Josué:
“Santificai-vos, porque amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós” - Josué 3: 5. E o SENHOR não só abriu as águas do rio Jordão, como também derrubou as muralhas de Jericó!
Estas palavras de Josué são tão atuais como antes, e são necessárias, tanto para o povo de Israel, que vive hoje na Palestina, como para os cristãos, em geral. Santificação, unidade e confiança no poder de Deus é tudo o que necessitamos para chegarmos à vitória final.
Não sabemos em detalhes o que nos espera, individualmente, mas conhecendo a evolução profética dos hebreus, já revelada nas Escrituras, poderemos, seguindo seus passos, chegarmos na mesma eternidade; Vamos, pois, examinar o que diz a Bíblia sobre o avanço do judaísmo rumo à terra prometida, o que segue em paralelo com o nosso avanço rumo à pátria celestial!
CAPÍTULO 1 - A VOLTA PARA A PALESTINA
Os capítulos de Jeremias 30 e Isaías 66 nos permitem antever a trajetória de Israel desde a sua emancipação política até sua entrada na Canaã celestial. Comecemos este estudo com Jeremias 30: 3 - NTLH:
“Está chegando a hora de Eu fazer voltar o Meu povo, tanto Israel como Judá, para a terra que dei aos seus antepassados, e eles serão donos dela novamente. Eu, o SENHOR falei”.
Este verso, referindo-se a Israel e Judá, não pode tratar do retorno de Judá do cativeiro babilônico. Neste caso, só pode reportar-se ao que aconteceu na Segunda Assembleia Geral da ONU, em 1947, quando foi votado o retorno dos judeus para a sua terra, o que nos é confirmado no verso 24 deste mesmo capítulo: “nos últimos dias entendereis tudo”.
O tratado de Balfour foi editado em 1917 para dividir a Palestina em duas partes, sendo a menor delas atribuída aos judeus, ficando a maior com os palestinos. A sua votação, no entanto, teve de esperar por 30 anos porque foram necessárias duas Guerras Mundiais para que Deus pudesse reviver a esperança do sofrido povo hebreu. Na I GM foram expulsos os turcos da Palestina depois de 400 anos de ocupação; na II GM, a morte de 6 milhões de judeus agilizou a votação da partilha.
E, em 14 de maio de 1948 um pequeno grupo judeu elegeu em Tel Aviv o primeiro governante do seu Novo Estado, dando fantástico cumprimento ao que disse Jeremias há 2600 anos. O encontro de nossa História com esta profecia é inegável e reforça nossa fé. Ela, porém, ainda apresenta continuidade que certamente também se cumprirá.
CAPÍTULO 2 - A SAGA JUDAICA PELO TERRITÓRIO
Desde sua implantação a nação segue no rastro da profecia, incorporando áreas palestinas ao território que lhe foi outorgado pela ONU. A incorporação mais estratégica, foi a de Jerusalém Oriental, em 1967, porque incluía as ruínas do templo a ser reconstruído.
Esta invasão foi muito contestada pela ONU e Israel, para assegurar sua posse, elevou Jerusalém integrada à capital, em 1980.
A questão foi rediscutida em OSLO, na Suíça em 1993, com a mediação dos Estados Unidos e do Egito, onde foi definida a devolução da parte oriental da cidade para à CISJORDÂNIA, o que nunca ocorreu devido ela integrar a nova capital e conter o local do templo judeu.
Em 14 de maio de 2018, no septuagésimo aniversário da independência, o presidente da maior potência militar do mundo, Donald Trump, foi o primeiro a transferir a Embaixada de seu País de Tel Aviv para Jerusalém, endossando assim a última ocupação israelense.
O fato foi tão marcante para a saga dos judeus que o Governo cunhou uma moeda comemorativa com a face de Trump de um lado e a de Ciro do outro. Isto porque a atitude de Trump trouxe à lembrança o que o monarca persa fizera ao devolver as terras do antigo povo hebreu e ajudar na reconstrução do templo destruído por Babilônia. Esta foi como uma luz verde para o avanço de Israel rumo à CISJORDÂNIA e à FAIXA de GAZA.
CAPÍTULO 3 - A SAGA ESPIRITUAL
“Sim, diz Ele, pouco é seres Meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também Te dei como luz para os gentios, para seres a Minha salvação até a extremidade da Terra” - Isaías 49: 6.
Que missão extraordinária! O contexto deste capítulo deixa claro uma ação combinada do Messias junto com o Seu povo escolhido. O grande estadista David Ben Gurion, patriarca da independência israelense e seu primeiro governante, em uma entrevista concedida à Revista Veja, em 1973, por ocasião do 25º aniversário de Israel, relatou que precisava de mais cérebros e braços para edificar uma nova civilização; ele foi então interrogado pelo repórter: que civilização? Ao que respondeu: Aquela da definição de Isaías há 2800 anos, que nunca foi tão atual: “Eu vos transformarei numa bênção para os povos e numa luz para as nações”.
Para a inteligência sionista, este segundo objetivo, que envolve o Messias judeu, ainda não foi cumprido e deverá ser alcançado por meio do Israel atual. Assim sendo, a reconstrução do templo parece fundamental, por ele representar o centro da vida e da fé judaica. Não se pode dissociá-los, sendo como reza a Torá:
“Estabelecerei a Minha aliança entre Mim e ti e a tua descendência no decurso de suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus, e da tua descendência. Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus” - Gênesis 17: 7-8.
Estes versos trazem à tona a força sionista atual: a aliança perpétua com Deus e fé inabalável na dimensão da sua herança.
CAPÍTULO 4 - O EQUÍVOCO
Quanto ao alcance dos seus desígnios espirituais Israel vem cometendo um grave equívoco. Além de não reparar o erro histórico cometido contra Jesus de Nazaré, a nação f az questão absoluta de provar ser Ele um falso profeta, afrontando as Suas palavras em Mateus 24: 2 quando, referindo-se ao templo, disse:
“... não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada”.
Assim, o restabelecimento do antigo sistema de holocaustos é uma questão de honra para os judeus, pois rejeitam a hipótese de que o rico cerimonial do santuário tenha perdido a validade em função da morte dAquele que eles mesmos crucificaram. Rejeitam-No também pelo fato de ter negado a importância do templo de Jerusalém em Seu diálogo com a mulher de Samaria, quando transferiu a centralidade do templo para a centralidade da cruz. Ali Jesus deixou claro que um novo sistema estava para entrar em curso, conforme João 4: 19-22:
“Senhor, disse-Lhe a mulher: Vejo que Tu és profeta. Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, podes crer-Me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus. Mas vem a hora, e já chegou, quando os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores. Deus é espírito; e importa que Seus adoradores O adorem em espírito e em verdade”.
Juliano, imperador romano, por volta do ano 360, apesar de batizado também renegou Jesus Cristo e para provar ser Ele um embusteiro resolveu reconstruir o templo de Jerusalém, para o que recebeu incondicional cooperação dos judeus.
Contudo, apesar de todos os esforços e dos recursos disponíveis tal obra não foi avante, sendo abandonada logo após a morte prematura do imperador pagão que, atravessado por um flecha persa, morreu aos 32 anos nas cercanias de Jerusalém, bradando aos céus a célebre frase: “Venceste Galileu”!
Assim, a tentativa de Juliano, ao contrário do esperado, se reverteu em crédito para o Messias verdadeiro. Será que a atual abominação judaica não acabará do mesmo jeito? Claro que sim! Os judeus devem conhecer bem este fato histórico, mas não estão associando-o com a advertência que se encontra em Isaías 66: 1-4:
“... que casa Me edificareis vós? e qual é o lugar do Meu repouso? Porque Minha mão fez todas estas coisas, e todas vieram a existir, diz o SENHOR, mas o homem para quem olharei é este: o aflito e abatido de espírito, e que treme da Minha palavra. O que imola um boi é como o que comete homicídio; o que sacrifica um cordeiro como o que quebra o pescoço a um cão; o que oferece uma oblação, como o que oferece sangue de porco; e o queima incenso como o que bendiz a um ídolo. Como estes escolheram seus próprios caminhos, e a sua alma se deleita em suas abominações, assim Eu lhes escolherei o infortúnio e farei vir sobre eles o que eles temem; porque clamei e ninguém respondeu, falei, e não escutaram; mas fizeram o que era mau perante Mim, e escolheram aquilo em que Eu não tinha prazer”.
Estas palavras destacam os dois grupos que convivem atualmente em Israel, mas sem perder a sintonia com o que disse Jesus à mulher samaritana. Como o SENHOR ama o Seu povo com amor eterno - Jeremias 31: 3, na tentativa de evitar-lhes o pior, fez incidir sobre eles uma luz gloriosa, por meio de uma visão dada ao seu rabino mais ilustre, YITZHAK KADURI.
Segundo Kaduri, falecido em 2014 com 108 anos, o nome do verdadeiro Messias, recebido em visão, deveria ser divulgado somente um ano após sua morte. Todos, em Israel, aguardavam com solene expectativa o momento de conhecer o nome do seu messias que o mais sábio rabino de Israel recebera diretamente de Deus. A sua revelação, no entanto, trouxe grande tumulto em Jerusalém pois, segundo ele, o nome do Messias, que lhe foi repassado em visão pouco antes de morrer foi YAHSHUA, ou Jesus, em português.
O que mais nos impressiona é que até mesmo este grande tumulto ocorrido recentemente em Jerusalém foi profetizado na mesma página da Bíblia, tratando de inimigos os que rejeitam o Filho de Deus:
“Voz de grande tumulto virá da cidade, voz do templo, voz do SENHOR que dá o pago aos seus inimigos”. Isaías 66: 6.
CAPÍTULO 5. A TROCA DA VERDADE PELA TRADIÇÃO
Talvez esta tenha sido a última oportunidade dada aos judeus para evitar os trágicos presságios ligados com o seu equívoco! Mas, mesmo diante da ameaça de serem considerados como inimigos, pelo Onipotente, eles continuam optando por uma mentira do passado. Na verdade eles ficaram tão arraigados ao cerimonial levítico que perderam o verdadeiro sentido daquele ritual, deixando de compreender a lição espiritual que ele continha.
É muito fácil criticá-los, mas não é isso que se constata na maioria das igrejas cristãs da nossa época, que deles se originaram? Pois enquanto os judeus continuam aguardando pelo aparecimento de um falso messias, os cristãos, que aceitam o Messias verdadeiro, seguem quebrando os 10 mandamentos que se encontram na Torá. E assim, rejeitando a verdade sobre o Filho de Deus, Israel busca justificar o seu mau procedimento com base em Ezequiel 37: 26-28 e Zacarias 14: 9:
“Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua. Estabelecê-los-ei e os multiplicarei, e porei o Meu santuário no meio deles para sempre. O Meu tabernáculo estará com eles; Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo. As nações saberão que Eu sou o SENHOR que santifico a Israel, quando Meu santuário estiver para sempre no meio dele....” O SENHOR será rei sobre toda a Terra; naquele dia um só será o SENHOR, e um só será o seu nome”.
É justamente a interpretação distorcida deste texto que ainda levará Sião a dizer: “O SENHOR me desamparou” - Isaías 49: 14, porque continuam pensando que será o cerimonial do santuário que os ajudará a propagar o conhecimento universal de Deus.
O texto de Jeremias 30: 8-9 nos ajuda a desvendar o desvio praticado, revelando como as palavras de Ezequiel são dirigidas aos judeus cristãos que hoje vivem subjugados pelo resto da nação:
“O SENHOR Todo-Poderoso diz: Quando esse dia chegar, Eu quebrarei a canga que está no pescoço deles e arrancarei as suas correntes. Então eles não serão mais escravos de estrangeiros. Pelo contrário, servirão a Mim, o SENHOR, seu Deus, E TAMBÉM AO DESCENDENTE DE DAVI (Jesus), que Eu lhes darei como rei”.
Esta profecia indica a conversão da nação ao Cristianismo, e que ainda gozará de um Governo teocrático que substituirá a atual liderança política de Israel. Veja como Deus promete a um só tempo a destruição dos que rejeitam Seu Filho e purificação dos que a Ele esperam:
“Portanto diz o Senhor, o SENHOR dos Exércitos, o Poderoso de Israel: (1) Ah! Tomarei satisfações aos Meus adversários, e vingar-Me-ei dos Meus inimigos. (2) Voltarei contra ti a Minha mão, purificar-Te-ei como com potassa das tuas escórias, e tirarei de ti todo metal impuro. Restituir-Te-ei os teus juízes, como eram antigamente, os teus conselheiros, como no princípio; depois te chamarão cidade de justiça, cidade fiel. Sião será redimida pelo direito, e os que se arrependem pela justiça. Mas os transgressores e os pecadores serão juntamente destruídos; e os que deixarem o SENHOR perecerão”. - Isaías 1: 24-28.
Segundo estas palavras podemos esperar que os treinados guerreiros de Israel sejam eliminados nas batalhas que irão travar, para defender, heroicamente, os 144.000 justos que permanecerão numerados e selados em Jerusalém (Isaías 4: 2-4). Serão doze mil de cada tribo (Apocalipse 7: 4), os quais viverão pela fé em Jesus que marchará à frente deles (Jeremias 30: 9) para impedir que voltem a ser escravizados pelos seus insuperáveis inimigos que ainda virão do Norte.
Para assombro do mundo inteiro, estes raros sobreviventes, desarmados, vencerão o mais terrível exército de todos os tempos, 200 milhões de combatentes que desejam destruí-los impiedosamente. A trama é desenvolvida nas 5ª e 6ª trombetas do Apocalipse 9: 1-21; no final de Apocalipse 14; Em Ezequiel 38 e 39 e em Joel 1, 2 e 3. E será assim que os efeitos desta vitória inesperada sobre as forças de Gogue se converterão numa luz extraordinária para as nações, pois estes milagres lhes revelarão quem é o verdadeiro santificador de Israel, e muitos posicionar-se-ão ao lado dEle. Então todos saberão que são os cristãos judeus de Sião e não o Judaísmo sionista anticristão que exercerá uma gloriosa influência em preparar as nações para o encontro com Jesus.
CAPÍTULO 6. A TROCA DA GLÓRIA PELO SOFRIMENTO
Aos judeus foi manifestada a glória divina mais do que a qualquer outro povo. Há uma história de amor entre Deus e Israel, mas Ele não pode suportar seus descaminhos. Baseados na cultura oral (Talmude) os judeus estão a ponto de trocar uma vez mais a gloriosa luz que os ilumina pelo sofrimento em virtude da tradição humana. A influência do mal, no entanto, apesar de constante na vida da nação, nunca pôde impedir o surgimento de um remanescente fiel, conforme Isaías 6: 13:
“Mas se ainda ficar a décima parte dela tornará a ser destruída. Como terebinto e como carvalho, os quais depois de derrubados, ainda fica o toco, assim a santa semente é o seu toco” - Isaías 6: 13.
Confiantes, porém, na interpretação própria dos profetas e contando ainda com o apoio incondicional dos falsos pastores da inteligência americana, bem como dos senhores do mundo que defendem a implantação de uma Nova Ordem Mundial, com sede em Jerusalém, os líderes da nação deverão permanecer firmes na sua concepção materialista da fé, perdendo, assim, pela última vez, a bênção prometida. A provável ocupação da Cisjordânia tem gerado um clima cada vez mais tenso sobre o Oriente Médio, o que poderá levar a uma guerra sem quartel, temida tanto pelos judeus como pelos aliados da Cisjordânia.
Sem descartar os riscos, os políticos de Israel depositam as mais caras esperanças nas articulações coordenadas pelos Estados Unidos, que buscam costurar uma paz duradoura com os palestinos. Tal acordo visa um remanejamento pacífico dos palestinos para outras terras onde teriam os recursos necessários para o seu desenvolvimento.
Estas negociações podem até prosperar, pois que são úteis para a identificação do ‘messias’ de Israel, esperado para assegurar a paz e a reconstrução do templo. Mas a existência das mesquitas sobre esta área poderá acender o estopim da temida guerra santa; principalmente porque nestas negociações de paz não estão participando os países indiretamente envolvidos na questão palestina: a Jordânia, a Síria, o Líbano e o Iraque que, situados entre os rios Nilo e Eufrates, sentem-se também ameaçados pela saga sionista, uma vez que as terras que ocupam já foram controladas por Israel no passado, conforme II Crônicas 9: 26:
“Dominava Salomão sobre todos os reis desde o Eufrates até a terra dos filisteus (Faixa de Gaza) e até a fronteira do Egito (rio Nilo)”.
Considerando, finalmente, a forte rejeição islâmica ao apoio americano para a paz e, principalmente, as emblemáticas palavras do Filho de Deus, em Mateus 24: 2, acreditamos que estes esforços para a paz ainda darão início a primeira guerra contra Israel, por parte das quatro nações ameaçadas, ficando fora todos os negociadores da paz. Neste momento de iminente conflito, as palavras de Jeremias 30: 4-7 soam como um apelo dramático ao povo de Deus da Terra Santa:
“O SENHOR Deus diz o seguinte a respeito de Israel e de Judá: ‘Ouvi um grito de terror, grito de medo e não de paz. Parem e pensem! Será que um homem pode dar à luz uma criança? Então porque vejo todos esses homens com as mãos na barriga, como a mulher que está com dores de parto? Porque estão todos tão pálidos? Está chegando um dia horrível! Nenhum outro dia pode ser comparado com ele. Para os descendentes de Jacó será um tempo de aflição, mas ele será salvo dela”.
Esta guerra há muito anunciada contra Israel fala de vitória para o povo de Deus, é verdade, mas não dimensiona o elevado custo para a nação. Daniel 11: 41 diz apenas que ‘muitos sucumbirão’! Se os governantes imaginassem que tal vitória acabará sendo vantajosa apenas para os remanescentes cristãos de Jerusalém, oficialmente impedidos de lutar por Israel, certamente pensariam duas vezes para evitar o desastre. Mas isto não faz parte de suas cogitações, ficando Deus sem alternativas para preservá-los.
Isaías 17 contém muitas referências claras aos últimos dias. Neste contexto, o profeta trata da destruição total da Síria, mas não antes desta destruir as áreas de Israel em torno de Megido, e ainda compara o que restar de Israel aos poucos grãos que ficam na lavoura após a ceifa. Estes poucos remanescentes estarão salvos em Jerusalém, devido a sua fé em Cristo, como se depreende do texto abaixo:
“Naquele dia olhará o homem para o seu Criador e os seus olhos atentarão para o Santo de Israel” - Isaías 17: 7.
Esta minoria salva, além de contemplar o Pai, como sempre fez toda a nação, atenta, também ao Filho. Vejamos como Isaías 66: 5 se reporta a estes dois grupos, mas dirigindo-se, particularmente à minoria:
“Ouvi a palavra do SENHOR, vós que a temeis; vossos irmãos que vos aborrecem e que para longe vos lançam por causa do vosso amor ao Meu nome e que dizem: mostre o SENHOR a Sua glória para que vejamos a vossa alegria, esses serão confundidos”.
Trágica confusão! Um erro que só será reconhecido tarde demais quando estiverem dando a vida na guerra contra seus vizinhos para defender os que são rejeitados, mas que tremem da Palavra de Deus e dão testemunho de Jesus. Antes, porém, que este mal iminente recaia sobre a nação, o Senhor dos Exércitos sente a necessidade para conscientizá-los sobre a razão pela qual serão eliminados:
“O SENHOR diz à cidade de Jerusalém: o mal deste povo não tem cura, e as suas feridas não saram. Não existe ninguém para cuidar de você. Não há remédio para as suas feridas, não há esperança de cura. Todos os seus amantes a esqueceram e não lhe dão confiança. Eu a ataquei como se você fosse um inimigo; o seu castigo tem sido duro porque os seus pecados são muitos, e a sua maldade é grande. Mas agora todos os que a destruíram serão destruídos, e todos os seus inimigos serão levados como prisioneiros. Todos os que a perseguiram e todos os que a assaltaram serão assaltados. Os seus inimigos dizem: Sião é desprezada, ninguém se importa com ela! Mas Eu lhe darei saúde novamente e curarei suas feridas. Eu, o SENHOR, estou falando” - Jeremias 30: 12-17. NTLH.
CAPÍTULO 7. OS VERDADEIROS DESÍGNIOS DO SENHOR
“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o SENHOR” - Isaías 55: 8.
A falta de discernimento pode nos levar ao afastamento de Deus; quando, porém, o mal se alastra de forma insustentável, a ponto de impedir os planos divinos, Jeová intervém como um cirurgião que extirpa o mal pela raiz para salvar o seu paciente. Esta é a razão pela qual o SENHOR não poderá evitar que a grande maioria da nação judaica (90%), segundo Isaías 6: 13 ou 67%, segundo Zacarias 13: 8, venha a perecer no primeiro conflito. Essa cifra sobe para (90%), segundo Isaías 6: 13, no caso da inclusão do segundo. Tudo isso a fim de libertar aqueles que, por sua fidelidade, terão um papel fundamental para o despertar de todas as nações, visando a colheita final da Terra.
Agora podemos entender melhor o dilema divino em Isaías 66: 7-9, assegurando ser o nascimento espiritual do Israel cristão uma variável dependente das dores de parto do atual Israel político. Podemos comparar o restabelecimento da nação em 14/05/1948 como o surgimento da espiga, mas agora chegou o tempo para aparecer o grão cheio na espiga. Sim, será do toco do Israel atual que sairá a semente santa que iluminará o mundo com a glória de Deus. Vamos ao texto:
“Antes que estivesse de parto, deu à luz; antes que lhe viessem as dores nasceu-lhe um menino. Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos. Acaso farei Eu abrir a madre, e não farei nascer (o Israel cristão)? diz o SENHOR; acaso Eu que faço nascer, fecharei a madre? diz o teu Deus. Parênteses meus.
Este segundo momento da nação judaica a ser defendida diretamente por Cristo será vivido apenas por aqueles que apresentaram os seus corpos por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é seu culto racional, e não pelos que cismaram em oferecer animais mortos em troca de justificação. Tudo no tabernáculo erigido por Moisés apontava para o sacrifício da cruz. E hoje, o Filho de Deus, no céu, intercede pelos seus seguidores. É lá que se encontra o verdadeiro templo da nova aliança e o centro da nossa fé. Esta lição foi passada aos fariseus quando pediram um sinal (João 2: 18), o qual foi-lhes dado prontamente quando Jesus disse-lhes:
“Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em 46 anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele porém se referiu ao santuário do seu corpo. Quando, pois, Jesus ressuscitou dentre os mortos, lembraram-se os seus discípulos de que Ele dissera isto; e creram na Escritura e na palavra de Jesus” - João 2: 19-22.
Este passo das Escrituras nunca foi bem compreendido pelos líderes judeus, e só o será, muito em breve, quando Jesus, o Filho de Davi os fortalecer na próxima guerra contra os seus vizinhos. Eles perceberão que a sua força vem da cidade onde se encontram os cristãos, mas para a grande maioria deles já será tarde demais. A maior manifestação da glória divina, no entanto, será reconhecida pelo mundo um pouco mais tarde quando o ‘rei de Israel’ (Jeremias 30: 9) assumir as rédeas da última batalha. As nações verão a libertação da ‘santa semente’ da mesma forma como Ele libertou o Seu povo do Egito, no passado.
Jesus jamais permitirá que seus filhos remanescentes, depois de fragilizados pelas guerras contra seus vizinhos, venham a cair nas mãos dos incircuncisos que virão de longe, onde já se encontram articulados.
Assim, as forças malignas coligadas com os exércitos de Gogue (Ezequiel 38 e 39) ainda atacarão Israel para acabar com o mito de sua indestrutibilidade. Sob o pretexto da desforra pelos seus aliados (Síria, Líbano, Iraque e Jordânia) que serão desmantelados, eles virão, na verdade, em busca da riqueza dos seus despojos, sem desconfiar da atuação inesperada do Altíssimo que os destruirá completamente.
Será a partir de então que o mundo se iluminará com a glória deste Messias vencedor, defensor e santificador do Israel cristão. Será assim que muitos corações sinceros seguirão a luz que vem de Sião, independente da oferta de animais mortos, pois que para Deus importa que Seus adoradores o adorem em espírito e em verdade. Restam-nos apenas dois pontos a considerar. O primeiro é como o Senhor se manifestará gloriosamente para destruir o mais numeroso e temível exército de todos os tempos. Vejamos Isaías 66: 15-18:
“Porque, eis que o SENHOR virá em fogo, e os Seus carros como um torvelinho, para tornar a Sua ira em furor, e a Sua repreensão em chamas de fogo, porque com fogo e com a Sua espada entrará o SENHOR em juízo contra toda a carne; e serão muitos os mortos da parte do SENHOR.... Porque conheço as suas obras e os seus pensamentos, e venho para ajuntar todas as nações e línguas; elas virão e contemplarão a Minha glória”.
O segundo ponto são os resultados da intervenção divina:
“Alegrem-se juntos com Jerusalém e cantem hinos de louvor, todos os que a amam. Alegrem-se junto com Jerusalém, todos os que choraram por ela. E ela, como uma mãe que dá de mamar ao seu filho, dará a vocês das suas riquezas, e vocês ficarão satisfeitos. Pois Eu, o SENHOR, prometo a Jerusalém que farei com que a prosperidade venha como um rio e com que as riquezas das nações venham a ela como se fossem uma enchente. Então Jerusalém será como uma mãe; ela vos dará de mamar, carregará vocês nos braços e no colo vos abraçará com carinho. Como a mãe consola o filho Eu também consolarei vocês; Eu os consolarei em Jerusalém. Quando virem isso acontecer, vocês ficarão contentes e terão novas forças, como uma planta que cresce viçosa. Vocês ficarão sabendo que Eu, o SENHOR, cuido dos Meus servos, mas quando fico irado, castigo os Meus inimigos” - Isaías 66: 10-14 - NTLH.
Quanto ao futuro de Israel e do nosso futuro também, Isaías 66: 22 conclui:
“Porque assim como os novos céus e a nova Terra, que hei de fazer, estarão diante de Mim, diz o SENHOR, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome”.
Esta é uma das promessas mais maravilhosas do livro de Isaías, dizendo que na nova Terra a nossa semente e o nosso nome permanecerão para sempre. Quanto a urgência desta mensagem devemos considerar que tratamos no VT ao que corresponde aos dois primeiros ais (5ª e 6ª trombetas, no NT). Observemos com atenção o que diz Apocalipse 11: 14:
“Passou o segundo ai. Eis que sem demora vem o 3º ai”, ou seja, a vinda gloriosa de Jesus, tratada na 7ª trombeta. Quando, pois, a sexta trombeta tocar deveremos olhar para cima porque a nossa redenção já não poderá estar distante.
AS SETE TROMBETAS DO APOCALIPSE
P. R. F. Franz
INTRODUÇÃO
Temos afirmado que as seis primeiras trombetas do Apocalipse revelam pormenores das impressionantes ações do Senhor dos Exércitos para a libertação dos filhos de Israel, na guerra do Armagedom. Dissemos também que as ações destas primeiras trombetas, ao passo que iluminarão o mundo com a glória de Deus, anunciarão a iminência do juízo dos vivos, situados em todas as nações. Quanto a sétima trombeta, esta dispensa comentários; O seu significado é claramente evidenciado no começo de sua exposição em Apocalipse 11: 15:
“... O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos”.
Uma explicação clara das primeiras trombetas, visando o seu enquadramento no cenário histórico dos nossos dias é provida pelo próprio Deus, a partir de Apocalipse 8: 1-2:
“Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, houve silêncio no céu cerca de meia hora. Então, vi os sete anjos que se acham em pé diante de Deus, e lhes foram dadas sete trombetas”.
Este silêncio no céu por cerca de meia hora tem a ver com a Segunda Vinda de Jesus, quando ele desce com os seus anjos, para buscar seus escolhidos, o que era tipificado pela Festa das Colheitas ou dos Tabernáculos, em Israel. Aquela festa tinha a duração de uma semana literal, o que corresponde exatamente à cerca de meia hora profética.
A palavra então, entre estes dois versos, insere as trombetas no contexto da Segunda Vinda de Jesus. Com efeito, nossa viagem interplanetária começará, efetivamente após o sonido da última trombeta, conforme o registro de I Tessalonicenses 4: 16-17:
“Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e RESSOADA A TROMBETA DE DEUS, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos transformados e estaremos para sempre com o Senhor”.
Devemos observar com atenção que os dois versos seguintes desta introdução às trombetas, situam as primeiras no contexto do juízo dos vivos:
“Veio outro anjo e ficou de pé junto ao altar, com um incensário de ouro, e foi-lhe dado muito incenso para oferecê-lo com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro que se acha diante do trono; e da mão do anjo subiu à presença de Deus a fumaça do incenso, com as orações dos santos” - Apocalipse 8: 3-4.
Este Anjo, pelas características da intercessão, é Jesus. Neste momento final Ele intercede intensivamente (muito incenso), pelos justos vivos, cujas orações ascendem aos céus. Ele está acrescentando Seus méritos às orações dos santos, para que elas sejam aceitas diante de Deus, conforme Romanos 8: 34:
“Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós”.
Apocalipse 8: 5 também foi incluído como outro sinalizador importante para o tempo de ocorrência das seis primeiras trombetas:
“E o anjo tomou o incensário, encheu-o do fogo do altar e atirou-o à Terra. E houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos”.
O fato de Jesus não mais misturar o incenso com o fogo do altar significa o fim da intercessão ou do tempo de graça. O juízo dos vivos é interrompido e as orações deixam de ser aceitas por Deus. Ele, então, enche o incensário com fogo do altar e atira-o à Terra. Apocalipse 8: 5, no entanto, além de nos dizer que algumas trombetas serão tocadas antes do fechamento da porta da graça, inclui um segundo ponto:
“Houve trovões, vozes, relâmpagos e terremotos”.
Ora, estes eventos sobrenaturais, pertencentes à sétima trombeta (Apocalipse 11: 19), são importantes para conectar as seis primeiras trombetas, que ocorrem antes do juízo dos vivos presentes nas nações, com a última trombeta, ligada diretamente com a Segunda Vinda de Jesus (Apocalipse 11: 15). E assim termina a introdução às trombetas:
“Então, os sete anjos que tinham as sete trombetas prepararam-se para tocar”. Apocalipse 8: 6.
Esta interpretação atualizada das trombetas não pretende anular outras interpretações, apenas agregar informações úteis para a última geração, com base em I Coríntios 10: 11 que nos dá este direito:
“Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas como advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm chegado”.
Foi com base nesta introdução provida pelo Senhor, que passamos a defender a hipótese de que as sete trombetas são juízos de Deus destinados a proteger os Seus filhos que se encontram em Israel, eliminar os terríveis agressores que os ameaçam e, também, atrair a atenção daqueles que se encontram nas outras nações, para os quais o Senhor dos Exércitos se manifestará de Sião, pré-anunciando o juízo dos vivos e o fechamento da porta da graça.
Um comentário da Bíblia de Estudo Plenitude para Jovens-Nova Tradução na Linguagem de Hoje, p. 1656, assim se refere às trombetas:
“As trombetas anunciam o severo julgamento em resposta às orações dos santos. As trombetas são sinais de advertência e um chamado para o arrependimento da humanidade por seus pecados”.
À esta interpretação agregamos apenas que os referidos sinais têm um lugar definido para ocorrer, e começam pelo juízo dos vivos em Israel, considerados como as primícias de Deus em Apocalipse 14: 4.
A PRIMEIRA TROMBETA
“O primeiro anjo tocou a trombeta, e houve saraiva e fogo de mistura com sangue, e foram atirados à terra. Foi, então, queimada a terça parte da terra, e das árvores, e também toda erva verde” - Apocalipse 8: 7.
A semelhança desta praga com a sétima das que caíram no Egito é marcante, como vemos abaixo:
“E Moisés estendeu a sua vara para o céu; o Senhor deu trovões e chuva de pedras (saraiva), e fogo desceu sobre a terra do Egito… por toda a terra do Egito a chuva de pedras feriu tudo quanto havia no campo, tanto homens como animais; feriu também a chuva de pedras toda a planta do campo e quebrou todas as árvores do campo”.
A primeira trombeta apenas acrescenta sangue à sétima praga do Egito. Isto pelo fato deste flagelo cair sobre os exércitos de Gogue concentrados próximos a Jerusalém e não sobre a terra, propriamente dita. O sangue ímpio desta confederação inimiga do povo de Deus será inicialmente derramado por meio de tempestades, de chuvas intensas carregadas de grandes pedras de gelo, conforme Ezequiel 38: 22 que, detalhando este mesmo episódio, relata:
“Contenderei com ele (com Gogue) por meio da peste e do sangue; chuva inundante, grandes pedras de saraiva, fogo e enxofre farei cair sobre ele, sobre as suas tropas e sobre os muitos povos que estiverem com ele”.
Quanto ao fogo e enxofre trataremos deles na sexta trombeta. As citadas grandes pedras de gelo são diferentes das que caíram no Egito, sendo reservadas para o tempo do fim, conforme são referidas na sétima praga (Apocalipse 16: 21) com o peso de um talento, algo em torno de 40 quilos. E quanto ao resultado deste flagelo sobremodo grande causado ao exército de Gogue, diz o Apocalipse 14: 18-20:
“Saiu ainda do altar outro anjo, aquele que tem autoridade sobre o fogo, e falou em grande voz para o que tem a foice afiada, dizendo: Toma a tua foice, e ajunta os cachos da videira da terra, porquanto as suas uvas estão amadurecidas. Então o anjo passou a sua foice na terra e vindimou a videira da terra, e lançou-a no grande lagar da cólera de Deus. E o lagar foi pisado fora da cidade, e correu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, numa extensão de 1600 estádios”.
Este sangue resultará das enormes pedras de gelo que serão jogadas sobre a confederação invasora, manchando assim as águas torrenciais da enorme inundação. O sangue será tanto que dará o aspecto de um rio de sangue, alcançando a altura dos freios dos cavalos que deverão sobre nadar nas margens deste rio. Assim a sétima praga do Egito será reproduzida e ampliada em seus efeitos, atingindo agora um terço da terra de Israel, provavelmente Samaria, onde as tropas de Gogue estarão entrando para o confronto com as tribos de Dã e de Efraim que desaparecerão, conforme registrado na relação de Apocalipse 7. Segundo João esta praga se estenderá rio abaixo, alcançando uma extensão de 300 quilômetros, até onde a água continuará misturada com o sangue vertido de boa parte dos combatentes invasores.
Joel 3: 12-13, referindo-se a esta mesma praga, localiza-a e justifica-a como segue:
“Levantem-se as nações, e sigam para o vale de Josafá; porque ali Me assentarei para julgar todas as nações em redor. Lançai a foice, porque está madura a seara: vinde, pisai, porque o lagar está cheio, os seus compartimentos transbordam; porquanto a sua malícia é grande”.
A SEGUNDA TROMBETA
“O segundo anjo tocou a trombeta, e uma como que grande montanha ardendo em chamas foi atirada ao mar, cuja terça parte se tornou em sangue, e morreu a terça parte da criação que tinha vida, existente no mar, e foi destruída a terça parte das embarcações”.
O meteoro é um corpo celeste que pode entrar na atmosfera da Terra com grande velocidade, incandescendo com o calor gerado pela resistência do ar. Há pouco tempo, um destes meteoros de menor porte atingiu o mar que banha a Rússia, causando enormes estragos. Um meteoro gigante pois, dará um segundo golpe nas forças inimigas de Israel, situadas no Mar Mediterrâneo, onde provavelmente estará concentrada sua força naval. O extraordinário choque com o mar bem como as ondas gigantes decorrentes deste profetizado meteoro destruirá a terça parte das embarcações que se situam na área de visão do profeta, causando outro enorme lençol de sangue. Outras embarcações, provavelmente pertencentes aos observadores da OTAN possivelmente não serão atingidas. Difícil é imaginar as dimensões deste meteoro destinado a destruir a terça parte dos seres vivos presentes nesta parte do mar. Se este evento estiver ligado com aquele anunciado em Ezequiel 38: 20, como imaginamos que está, outras consequências deste flagelo podem ser determinadas:
“Naquele dia será fortemente sacudida a terra de Israel, de tal sorte que os peixes do mar, as aves do céu, os animais do campo, e todos os répteis que se arrastam sobre a terra, e todos os homens que estão sobre a face da terra, tremerão diante de Minha presença; os montes serão deitados abaixo, os precipícios se desfarão e todos os muros desabarão por terra”.
A TERCEIRA TROMBETA
“O terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas uma grande estrela ardendo como tocha. O nome da estrela é absinto; e a terça parte das águas se tornou em absinto, e muito dos homens morreram por causa dessas águas, porque se tornaram amargosas”. Apocalipse 8: 10-11.
O corpo celeste em forma de estrela chama-se asteróide e pode ser considerado como um pequeno planeta. Temos aqui a revelação de que um gigantesco asteroide atingirá as forças inimigas de Israel, que imaginamos estarem concentradas próximo às nascentes do rio Jordão, o qual é formado a partir da fusão das neves depositadas sobre o monte Hermom. O profeta, numa visão de cima, deve ter visto outras duas nascentes, correndo pelo outro lado da montanha, sem serem atingidas.
Este asteroide virá impregnado de substâncias tóxicas que lembram a amargura da losna, suficientemente nocivas para contaminar, temporariamente, as fontes deste importante manancial que limita atualmente grande parte das terras de Israel. O fato é que uma parte do exército de Gogue, da terra de Magogue, citado em Ezequiel 38 e 39, ao se acampar provavelmente próximo às nascentes deste rio, apresentarão as características de quem morre de sede, conforme lemos em Zacarias 14: 12:
“Esta é a praga com que o Senhor ferirá a todos os povos que guerrearem contra Jerusalém: a sua carne se apodrecerá estando eles de pé; apodrecer se lhes ão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na boca”.
QUARTA TROMBETA
“O anjo tocou a trombeta, e foi ferida a ‘terça parte’ do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte deles escurecessem e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto o dia como também a noite. Então, vi e ouvi uma águia que, voando pelo meio do céu, dizia em grande voz: Ai! Ai! Ai! dos que moram na terra, por causa das restantes vozes da trombeta dos três anjos que ainda têm de tocar”! Apocalipse 8: 12-13.
Esta trombeta além de anunciar a gravidade das três últimas pragas que cairão na terra de Israel, diz que o sol, a lua e as estrelas serão ‘feridos’. Se isso ocorrer em decorrência dos eventos mencionados nas segunda e terceira trombetas, quando aqueles grandes desastres poderão afetar a atmosfera de tal forma que o sol, a lua e as estrelas fiquem invisíveis por um período de mais ou menos 4 horas tanto do dia como da noite, é a questão.
Outro possível argumento para o escurecimento do sol é a poeira que será levantada na quinta trombeta, como veremos, logo a seguir. O que sabemos, de certo, é que o fenômeno estará intimamente relacionado com a batalha do Armagedom, o que nos é confirmado pelo profeta Joel, nos seguintes termos:
“Multidões, multidões no vale da decisão! Porque o dia do Senhor está perto, no vale da decisão. O sol e a lua se escurecem, e as estrelas retiram seu resplendor. O Senhor brama de Sião, e se fará ouvir de Jerusalém, e os céus e a terra tremerão; mas o Senhor será o refúgio do Seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel. Sabereis assim que Eu sou o Senhor vosso Deus, que habito em Sião, Meu santo monte; e Jerusalém será santa; estranhos não passarão mais por ela”. Joel 3: 14-17.
Quando, pois, o povo de Deus distribuído por toda a superfície da Terra perceber esses fenômenos (escuridão de dia e de noite, naquela região), poderá situar-se com toda a segurança no desenrolar do tempo profético, entendendo a poderosa atuação do capitão das hostes do Senhor. E assim, ao passo que interferem diretamente na batalha do Armagedom, as trombetas despertarão o restante da humanidade para o juízo dos vivos que se aproxima.
Enquanto as quatro primeiras trombetas deixam o inimigo desorientado, as três últimas definem o resultado da batalha em favor do povo de Deus, por meio de três ais para a humanidade rebelde.
A QUINTA TROMBETA -- O 1º AI
A quinta trombeta, ao passo que descreve a ação de Satanás para trazer os exércitos das nações inimigas contra a Terra Santa, promove, sem o saber, o selamento dos filhos de Deus em Israel.
À quinta trombeta, pois.
“O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela caída do céu na Terra, e foi-lhe dada a chave do poço do abismo” - Apocalipse 9: 1.
Esta estrela, afetada pelo pronome lhe, refere-se obviamente a uma pessoa. Para identificá-la basta rever os textos de Apocalipse 12: 4 e 9 que dizem ter sido Satanás jogado do céu para a Terra, trazendo consigo um terço das estrelas, ou seja, dos anjos do céu. E é como uma estrela que ele também é citado, ironicamente, em Isaías 14: 12:
“Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva”!
A quinta trombeta ainda define a posição de Satanás, dizendo:
“... e tinham sobre eles, como seu rei, o anjo do abismo, o destruidor.” Ap. 9: 11.
Satanás é conhecido como o anjo do abismo porque lá ele será preso por mil anos, conforme Apocalipse 20: 1-3.
Assim, a quinta trombeta começa descrevendo Lúcifer, recebendo poder para reinar sobre um determinado grupo, com uma autoridade não própria, que foi-lhe concedida pela chave.
Bem sabemos que Satanás tem seu poder limitado pelo alto, mas aqui o seu poder é dilatado para cumprir os desígnios do Senhor.
Vejamos, agora, como é que surgem na história, os liderados de Satanás:
Apocalipse 9: 2-3: “Ela (a chave) abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como fumaça de grande fornalha, e, com a fumaceira saída do poço, escureceu-se o sol e o ar. Também da fumaça saíram gafanhotos para a terra e foi-lhes dado poder, como os que têm os escorpiões da terra. Parêntese acrescentado.
A abertura deste poço, pelo contexto (Apocalipse 9: 14), significa a passagem de ‘gafanhotos’ que na verdade são guerreiros destemidos que se encontram espalhados em lugares ermos, como os desertos próximos do rio Eufrates, para a terra de Israel. Eles apenas precisam que o caminho seja aberto para avançarem sob o poder destruidor de Satanás, que ainda é mantido sob as restrições do Altíssimo, conforme Apocalipse 7: 1-3.
Dentro de um contexto paralelo, Joel 1: 6-7 revela quatro ordens de gafanhotos (cortador, migrador, devorador e destruidor), atacando Israel, os quais são definidos como um exército poderoso e inumerável (Joel 2: 25) capaz de destroçar a figueira do Senhor. Não é sem motivo que o profeta, voltado para o nosso tempo, diz no verso 15:
“Ah! Que dia! Porque o Dia do Senhor está perto e vem como assolação do Todo-Poderoso” - Joel 1: 15.
O poço do abismo, pois, no contexto desta trombeta, pode representar os vastos desertos da Arábia, onde se encontram milhões de seguidores de Maomé, que esperam virem de lá, à cavalo, levantando uma poeira capaz de obscurecer a luz do sol.
Em Apocalipse 9: 4 “foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a qualquer coisa verde, nem a árvore alguma e tão somente aos homens que não têm o selo de Deus sobre a fronte”.
Ora, os gafanhotos destroem a vegetação e não os seres humanos. E a estes é ordenado que não danifiquem planta alguma; também são referidos como tendo o veneno dos escorpiões, devendo atacar unicamente os ímpios, que não têm o selo de Deus.
A política de não matar, arbitrariamente, pessoas não envolvidas diretamente no conflito é própria dos muçulmanos, que buscam obter por meio delas a comida para os seus soldados. Assim, os cristãos residentes em Israel certamente não serão alvos prioritários para o ataque destes invasores.
Este verso, portanto, confirma nossa hipótese de que os gafanhotos representam forças maometanas que se encontram preparadas para invadir a Terra Santa. Também permite situar, com segurança, a quinta trombeta no tempo do selamento escatológico ou do juízo dos vivos, o qual antecede de perto o fechamento da porta da graça, conforme o esclarece Daniel 12: 1:
“Nesse tempo se levantará Miguel, o grande Príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia qual nunca houve...mas naquele tempo será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro”.
A expectativa de morte criada pelo avanço das inumeráveis tropas inimigas sobre a Palestina levará os judeus cristãos de Jerusalém a buscar uma tão íntima comunhão com Deus, que darão cumprimento às palavras de Isaías 4: 3 que dizem:
“Será que os restantes de Sião e os que ficarem em Jerusalém serão chamados santos; todos os que estão inscritos em Jerusalém, para a vida”.
Por serem os primeiros selados para a vida eterna, eles são considerados em Apocalipse 14: 4 como as primícias dos salvos, passando a ser protegidos especialmente pelos anjos de Deus, como diz o Salmo 91: 11:
“Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos”.
Nada pois impedirá que os escapados de Israel sirvam de exemplo de purificação e proteção divinas, proporcionando milhões de salvos ao nível das nações.
Apesar das pressões sobre os selados ser intensas, serão limitadas a um período apenas o suficiente para purificá-los de toda mácula, sem tirar-lhes a vida, conforme lemos em Apocalipse 9: 5:
“Foi-lhes também dado, não que os matassem, e sim que os atormentassem durante cinco meses. E o seu tormento era como tormento de escorpião quando fere alguém”.
Deste modo os remidos de Sião aprenderão a viver pela fé, livrando-se de todo pecado, dando cumprimento exato às palavras de Zacarias 13: 9:
“Farei passar a terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro; ela invocará o Meu nome, e Eu a ouvirei; direi: É Meu povo, e ela dirá: O Senhor é meu Deus”.
Aqui, já estamos tratando dos sobreviventes dos primeiros combates. Isaías 6: 13 diz que as baixas em Israel serão ainda maiores, afirmando que os restantes em Jerusalém são apenas 10%, isto porque serão defendidos com raça pela tropa melhor treinada do mundo e que de tristeza vão querer morrer também, mas a morte não chega para eles porque foram selados para a vida, como refletem as palavras de Apocalipse 9: 6:
“Naqueles dias, os homens buscarão a morte e não a acharão; também terão ardente desejo de morrer mas a morte fugirá deles”.
Em Apocalipse 9: 7 o profeta João continua descrevendo o perfil dos terríveis invasores de Israel:
“O aspecto dos gafanhotos era semelhante a cavalos preparados para a peleja; na sua cabeça havia como que coroas parecendo de ouro, e o seu rosto era como rosto de homem”.
Este verso difícil de entender talvez se refira à cavaleiros preparados para a luta. As coroas, símbolos de vitória, talvez indiquem o destemor dos atacantes ou se refiram simplesmente aos turbantes por eles usados.
Os rostos como de homens parecem indicar que possuem barba, não sendo, portanto, de mulheres, como aparentam os seus cabelos compridos, referidos em Apocalipse 9: 8:
“... tinham também cabelos, como cabelos de mulher; os seus dentes, como dentes de leão”.
Os dentes como de leão, também referidos em Joel 1: 6, induzem-nos a pensar na sua tirania e sagacidade para destruir o inimigo infiel.
Em Apocalipse 9: 9 diz que eles “tinham couraças, como couraças de ferro; o barulho que as suas asas faziam era como o barulho de carros de muitos cavalos, quando correm à peleja”.
As couraças como de ferro talvez façam referência a uniformes de atacantes invencíveis. As asas dos gafanhotos na verdade faziam o barulho de carros de muitos cavalos, também referidos em Joel 2: 5, movimentando-se para o ataque. Apesar dos estragos serem arrasadores sobre o exército e à economia judaica, a maior ameaça ainda estava por vir.
A SEXTA TROMBETA, O 2º AI
“O sexto anjo tocou a trombeta e ouvi uma voz procedente dos quatro ângulos do altar de ouro que se encontra na presença de Deus dizendo ao sexto anjo, o mesmo que tem a trombeta: solta os quatro anjos que se encontram atados junto ao grande rio Eufrates” - Apocalipse 9: 13-14.
Após o selamento das primícias Deus autoriza a soltura dos ventos geradores de uma invasão muitíssimo maior à Terra Santa. A sexta trombeta, na verdade, dará início a maior de todas as guerras.
Apesar de não ser mundial, tanto os envolvidos como os mortos serão superiores aos das duas Guerras Mundiais juntas. Chegou o tempo de se cumprir o que estava detido por Deus em Apocalipse 7: 1-3:
“Depois disto, vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, conservando seguros os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem sobre árvore alguma. Vi outro anjo que subia da nascente do sol, tendo o selo do Deus vivo, e clamou em grande voz aos quatro anjos, aqueles aos quais fora dado fazer dano à terra e ao mar, dizendo: Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos na fronte os servos do nosso Deus”.
Como este selamento foi realizado sob os efeitos da quinta trombeta, segue a sexta trombeta em Apocalipse 9: 15:
“Foram então soltos os ventos que se achavam preparados para a hora, o dia, o mês e ano, para que matassem a terça parte dos homens”.
Este verso indica um extermínio em massa, em um dia determinado para este fim. As palavras gregas indicam que se trata de uma data pré-fixada pelo Altíssimo, como é expressa na versão Nova Tradução na Linguagem de Hoje da Bíblia de Estudo Plenitude para Jovens:
“Os quatro anjos foram soltos. Eles estavam preparados para essa hora, dia, mês e ano”.
Conforme o visto na introdução às trombetas, nesta altura dos tempos proféticos não se pode admitir uma data simbólica para a sexta trombeta. E tudo indica que a data literal esteja prestes a ocorrer no Oriente Médio.
Sim, após a apertada vitória de Israel contra seus vizinhos, muitos povos virão do Norte, como diz Ezequiel 38: 15-16, atravessam o rio Eufrates, limite noroeste das terras prometidas a Israel, conforme Gênesis 15: 18, vindos atrás dos despojos e riquezas existentes em Israel e adjacências, conforme Ezequiel 38: 13-14.
Em Apocalipse 9: 16 segue o tema da sexta trombeta:
“O número dos exércitos da cavalaria era de 20 mil vezes 10 milhares (200 milhões); eu ouvi o seu número”.
Se este número for realmente literal, como tudo indica, podemos imaginar um número acima de 66 milhões de mortos, apenas sob o efeito da sexta trombeta. Para alcançar essa cifra Israel precisaria fazer uso da bomba atômica como único meio para tal destruição. Mas o problema é que tal alternativa não deixaria sobreviventes em Israel.
Em Apocalipse 9: 17-18, segue a narrativa da sexta trombeta:
“Assim, nesta visão contemplei que os cavalos e os seus cavaleiros tinham couraças cor de fogo, de jacinto e de enxofre. As cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões e de suas bocas saía fogo, fumaça e enxofre. Por meio destes três flagelos a saber: pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre que saíam de suas bocas, foi morta a terça parte dos homens”.
Vermelho, a cor do fogo, jacinto (azul escuro) e enxofre (amarelo) é referido por alguns autores como as cores predominantes do uniforme turco. Podemos dizer que a presença do exército da Turquia nesta campanha é mais que certa.
Essa forma de destruição da terça parte dos homens lembra a forma como Deus destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra no passado, conforme Gênesis 19: 24 e 28:
“Fez o Senhor chover enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra…” E quando Abraão olhou “viu que da terra subia fumaça, como a fumarada de uma fornalha”.
Já em Apocalipse 9: 19 João descreve os cavalos como a fonte de tal destruição:
“Pois a força dos cavalos estava nas suas bocas e nas suas caudas, porquanto as suas caudas se pareciam com serpentes, e tinham cabeças e com elas causavam dano”. Parênteses acrescentados.
O capítulo de Ezequiel 38 inicia revelando importantes detalhes desta guerra infernal, citando, inclusive, a origem dos diversos povos que se unem a Gogue para combater os filhos de Deus. Logo a seguir é acrescentado em Ezequiel 38: 8-16:
“Depois de muitos dias serás visitado; no fim dos anos virás à terra que se recuperou da espada, ao povo que se congregou de muitos povos sobre os montes de Israel… subirás contra o Meu povo Israel, como nuvem para cobrir a terra… Nos últimos dias hei de trazer-te contra a Minha terra, para que as nações conheçam a Mim”.
Em Apocalipse 9: 20-21 a sexta trombeta acrescenta:
“Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar, nem ainda se arrependeram de seus assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos” - Apocalipse 9: 20-21.
Os homens que escaparam deste juízo divino, a despeito do ocorrido, não se intimidaram nem se arrependeram. A finalidade das trombetas não é guiar os ímpios envolvidos na guerra ao arrependimento. Mas como elas ocorrem antes do fechamento da porta da graça - exceto a sétima, e sendo assistidas online, pelo resto do mundo, poderão sim advertir as nações para a chegada do dia do seu juízo. Elas também revelam ao Universo o que os demônios articulados com homens maus são capazes de fazer quando deixam de ser restringidos pelo Espírito de Deus.
Deixando os eventos compreendidos entre a sexta e a sétima trombeta (Apocalipse 10 e 11: 1-14) que trata justamente do juízo dos vivos, para a próxima exposição, passemos de imediato ao enunciado de Apocalipse 11: 14 que, concluindo a sexta trombeta, diz:
“É passado o segundo ai, eis que o terceiro ai cedo virá”.
A SÉTIMA TROMBETA, O TERCEIRO AI
O primeiro ai envolve milhões de mortos na guerra de Israel com seus vizinhos situados aquém do Eufrates. Logo seguirá o segundo ai, envolvendo dezenas de milhões de mortos que ocorrerão na guerra do Armagedom, propriamente dita. Mas o terceiro ai, finalmente, conhecido como o Armagedom espiritual, trará o extermínio dos ímpios em geral, chegando a casa dos bilhões de mortos, na Segunda Vinda de Cristo. Vamos, pois, ao terceiro Ai que começa em Apocalipse 11: 15:
“O sétimo anjo tocou a trombeta e houve no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo se tornou de nosso Senhor e de seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos”.
A sétima praga, que ocorre concomitantemente com a sétima trombeta, menciona essas grandes vozes, porém não indica o que dizem. A sétima trombeta diz tratar-se de uma ação legislativa no céu declarando o fim deste mundo.
As trombetas têm demonstrado, acima de qualquer dúvida, a justiça de Deus em defesa de Sua Lei. Todas as acusações de Satanás têm sido provadas como sem causa. Elas declaram o juízo final sobre a maldade - no terceiro ai, e vindicam a Deus, o Pai e a Seu Filho, que neste momento imortalizam os justos, conforme Daniel 7: 18:
“Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre e de eternidade em eternidade”.
Quanto à origem das vozes que se ouvem no céu, Apocalipse 11: 16-17 nos informa que vêm dos anciãos:
“E os 24 anciãos que se encontram sentados nos seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre os seus rostos e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor Deus, Todo Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o Teu grande poder e passaste a reinar”.
Considera-se, geralmente, serem os 24 anciãos aqueles que foram arrebatados ao céu através da ressurreição/trasladação: Enoque, em Gênesis 5: 24, Elias, em II Reis 2: 11, Moisés, em Judas 9 e outros não identificados citados em Efésios 4: 8 como segue:
“Quando (Cristo) subiu ao céu, levou cativos consigo”.
Estes anciãos, já com milhares de anos, agora no céu, são representantes da raça humana. São homens que guiaram e amaram Israel. Eles testemunharam a luta da grande controvérsia entre o bem e o mal. Sentados em tronos implica em um trabalho oficial, como previsto em Daniel 7: 9-10:
“Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos… assentou-se o juízo e abriram-se os livros”.
Eles, evidentemente, tomam parte no juízo investigativo que começou em 1844, segundo Daniel 8: 14 e 9: 24-27, onde o direito legal ao trono é dado a Cristo que, passa a constituir os membros do seu reino.
O próximo versículo descreve a cena da Segunda Vinda de Jesus:
“Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a Tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para dar-se o galardão aos Teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o Teu nome, e assim aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a Terra”. Apocalipse 11: 18.
A sétima trombeta coloca a guerra física do Armagedom no passado, dizendo:
“Iraram-se as nações” e, em seguida anuncia a Segunda Vinda de Cristo, como sendo a manifestação da Sua ira, cujo significado é esclarecido no sexto selo:
“O céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos do seu lugar. E os reis da Terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas e diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos do rosto daquele que está sentado sobre o trono e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da Sua ira; e quem poderá subsistir? Apocalipse 6: 14-17.
Assim, a sétima trombeta, ligada com o sexto selo, dá a cena e o momento preciso para a Segunda Vinda de Jesus, que vem do lado do nascimento do sol, conforme Apocalipse 16: 12.
Mal podemos imaginar o esplendor desta manifestação gloriosa citada em Mateus 24: 30-31 e 25: 31:
“Quando vier o Filho do Homem na Sua majestade e todos os anjos com Ele … com poder e muita glória… e com grande clangor de trombeta”.
Será o esplendor extraordinário da presença de Jesus que será considerado pelos ímpios como a ‘ira do Cordeiro’, pois eles mesmos desprezaram o preparo necessário para este encontro. Ao eleger o mal, Deus os ‘entregará’ à destruição e eles perecerão ofuscados pelo esplendor de Sua Segunda Vinda, no terceiro ai. Quanto ao tempo para julgar os mortos, o juízo que está para começar é o dos ímpios, durante o milênio, conforme Apocalipse 20: 4:
“Vi também tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada a autoridade de julgar. Vi ainda a alma dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por causa da Palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua imagem e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com Cristo durante mil anos”.
Durante o milênio, portanto, os salvos, já no céu, julgarão os ímpios, estabelecendo sentenças, quanto ao tempo que permanecerão no fogo, após o milênio. Esta importante atribuição é ratificada em I Cor 6: 2-3:
“Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Não sabeis que havemos de julgar os próprios anjos?
Na posição de mantenedor do Universo Jesus precisou eliminar o Apolion de Apocalipse 9: 11. Satanás se rebelou contra as leis de Deus que foram destinadas a preservar a criação. A rebelião de Satanás, demonstrada sobre este planeta tem provado que lutar contra as leis de Deus resulta unicamente em destruição. É o pecado que, finalmente destrói tudo que vive e que foi criado por Deus porque “o salário do pecado é a morte” - Romanos 6: 23.
“Na verdade a Terra está contaminada por causa dos seus moradores; porquanto transgridem as leis, mudam os estatutos, e quebram a aliança eterna. Por isso a maldição consome a Terra e os seus habitantes nela se tornam culpados” - diz Isaías 24: 6
E, assim termina o tema da sétima trombeta, dizendo:
“Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a arca da aliança no Seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões, terremoto e grande saraivada”.