Transcorridos
mais de duzentos anos de História relativa ao tempo do fim, podemos ainda ver
no cenário político os mesmos protagonistas existentes em 1798, mas com as
modificações previstas na Palavra de Deus. O papado, ferido mortalmente no
tempo das guerras napoleônicas, voltou à cena política conforme foi profetizado
em Apocalipse 13: 3:
“Então vi uma de suas cabeças golpeada de morte, mas essa ferida mortal
foi curada; e toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta”.
Este verso faz alusão à restauração
extraordinária do poder papal, acelerada a partir do Tratado de Latrão, em
1929, quando foram devolvidos aos papas a área do Vaticano e o título
monárquico, perdidos em 1798.
O Comunismo, em ascensão exponencial
no início do último período profético (1798), chamado tempo do fim, vem se
esgotando politicamente e, de forma mais acelerada a partir da queda do muro de
Berlim, em 1989. Apesar de ter representado a sexta cabeça do dragão de
Apocalipse 12: 3, não há nenhuma indicação profética para o seu retorno
político mundial e, assim, sobrevive, atualmente, muito orgulhoso, embora
bastante desprestigiado.
O Capitalismo americano, inexpressivo
no início do tempo do fim, se encontra suficientemente transformado em um
império mundial capaz de dar cumprimento às últimas profecias da Bíblia, que
com ele estão relacionadas. Foi erguido providencialmente por Deus para
garantir a liberdade de consciência e exportar a fé verdadeira, mas acabou se
transformando no líder do Protestantismo apostatado. Neste sentido ele cumpre
rigorosamente a profecia de Apocalipse 13: 11, pois que nasceu com as
características do Cordeiro, mas hoje fala como o dragão.
Enquanto que estes poderes políticos
mundiais atuam e interagem, quer seja aberta ou secretamente, e seguem muito
atentos uns contra os outros, como supostos rivais, ignoram o verdadeiro
protagonista do final da História: os judeus, distinguidos em Daniel 10: 14
como a grande estrela referencial para nos guiar à Segunda Vinda de Jesus.
O relativamente recente
estabelecimento do Novo Estado de Israel, logo transformado em uma
significativa potência entre as nações, foi a grande novidade no cenário
político mundial do tempo do fim.
Apesar de reduzido numericamente em
termos de habitantes, conforme o expressa a profecia de Deuteronômio 4: 27:
“O
Senhor vos espalhará entre os povos, e restareis poucos em número entre as
gentes aonde o Senhor vos conduzirá”, este país vem impressionando pela sua cultura e economia,
ocupando com desenvoltura o espaço político que lhe foi designado, como o foco principal das profecias do final dos tempos.
A sua redução numérica é mais um sinal que se cumpriu, pois,
segundo a Internet, existem pouco mais de 13 milhões de judeus no mundo, enquanto a
China, do mesmo tronco noético, apresenta 1.368.462.000 de habitantes. Isto
surpreende em face da antiguidade deste povo milenar, mas não em face da
profecia.
Mas o que mais impressiona é o fato
de Israel, apesar de ter ficado dois milênios sem um território, foi capaz de
manter sua identidade nacional e aparecer, surpreendentemente, no foco das
nações, com cerca de seis milhões de judeus, conforme o Google.
Segue, contudo, o desafio da profecia pois que, segundo a presciência divina, o
número dos remanescentes desta nação, a serem selados para a salvação, será
ainda muito menor, conforme Apocalipse 7: 4:
“Então,
ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de
todas as tribos dos filhos de Israel”.
Este número, mesmo que acompanhado
de seus respectivos familiares, representa muito pouco para qualquer nação do
mundo. Mas, com Cristo, o Senhor dos Exércitos à frente do seu reduzido
remanescente, prevalecerão contra o maior exército de todos os tempos,
quantificado em 200 milhões de combatentes.
Apesar de quase invisível nos mapas,
Israel apresenta, contudo, o mais alto padrão de vida do Oriente Médio,
exibindo uma renda per capta anual de mais de US$32.000,00. O seu maior troféu,
no entanto, está ainda por ser obtido na conquista indireta para o Senhor, de
uma população inumerável de cristãos que se encontram indecisos no seio das
igrejas militantes e da Babilônia espiritual.
Não é de
graça que Israel apresenta a maior concentração de repórteres por m² do
planeta. Ele é, simplesmente, o pivô das profecias do tempo do fim.
Nasceu
politicamente antes das dores do seu parto espiritual, contando com a promessa
divina exarada em Isaías 66: 9, de que Deus não o abandonaria antes de sua
conversão a Cristo, ao Messias que foi rejeitado.
Já
situados, segundo a Bíblia Sagrada, no final do sexto milênio e da última
geração da Terra, com o pivô das profecias já estabelecido, podemos testemunhar
a ira maligna contra o povo escolhido, no sentido de interromper os desígnios
de Deus. Concentremos, pois, nossa atenção em outra profecia em fase de
cumprimento e na promessa que lhe acompanha:
“Quando estiveres em angústia e todas estas
coisas te sobrevierem nos últimos dias e te voltares para o Senhor, teu Deus, e
Lhe atenderes a voz, então, o Senhor, teu Deus não te desamparará, porquanto é
Deus misericordioso, nem te destruirá, nem Se esquecerá da aliança que jurou a
teus pais” - Deuteronômio 4:
30-31.
Assim é
que Israel, como uma nação independente, já se encontra no seu posto, mas sob a
altíssima pressão de seus poderosos inimigos. Infelizmente o reconhecimento
tardio do Filho de Deus acabará levando a nação para um novo holocausto, o das
dores de parto que ainda trarão à luz o remanescente fiel profetizado.
Este é o
próximo passo que nos será dado testemunhar, de acordo com o que foi anunciado
pelos antigos profetas.
Enquanto
todos os estadistas do tempo presente estão atentos às notícias de Israel, a
Igreja de Laodiceia parece sonolenta diante destes portentosos sinais. Os
judeus são muito poucos para influírem tanto, dizem. Serão, mesmo?
O
que poucos estão se apercebendo é que esta transição para o sétimo milênio não
se dará com base nos méritos de articulações políticas, nem tampouco por meio
das instituições religiosas, mas de acordo com os desígnios pré-anunciados para
esta fase da História, que inclui a união da Política com a Religião,
reconstituindo o quadro político-religioso da Idade Média e o importante papel de Israel na disseminação do evangelho.
Assim como na antiguidade todos os
grandes impérios mundiais passaram, permanecendo o inexpressivo povo judeu,
atualmente, ao lado do gigantesco império mundial que se levanta, encontra-se o
minúsculo Israel que, embora ainda tenha que ser reduzido dramaticamente, pelas
guerras que se avizinham, será a única nação que permanecerá para sempre.
Permanecerão também com ela todos os
que seguirem o exemplo do seu remanescente fiel, o qual será assinalado em
Jerusalém como aqueles que guardam os mandamentos originais de Deus e têm o
testemunho de Jesus.
Precisamos, portanto, colocar em relevo esta base geográfica referencial estabelecida por Deus para guiar seu
povo situado entre as nações.
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