sábado, 27 de janeiro de 2018

O sinal de Israel

Transcorridos mais de duzentos anos de História relativa ao tempo do fim, podemos ainda ver no cenário político os mesmos protagonistas existentes em 1798, mas com as modificações previstas na Palavra de Deus. O papado, ferido mortalmente no tempo das guerras napoleônicas, voltou à cena política conforme foi profetizado em Apocalipse 13: 3:
          “Então vi uma de suas cabeças golpeada de morte, mas essa ferida mortal foi curada; e toda a Terra se maravilhou, seguindo a besta”.
          Este verso faz alusão à restauração extraordinária do poder papal, acelerada a partir do Tratado de Latrão, em 1929, quando foram devolvidos aos papas a área do Vaticano e o título monárquico, perdidos em 1798.
          O Comunismo, em ascensão exponencial no início do último período profético (1798), chamado tempo do fim, vem se esgotando politicamente e, de forma mais acelerada a partir da queda do muro de Berlim, em 1989. Apesar de ter representado a sexta cabeça do dragão de Apocalipse 12: 3, não há nenhuma indicação profética para o seu retorno político mundial e, assim, sobrevive, atualmente, muito orgulhoso, embora bastante desprestigiado.
          O Capitalismo americano, inexpressivo no início do tempo do fim, se encontra suficientemente transformado em um império mundial capaz de dar cumprimento às últimas profecias da Bíblia, que com ele estão relacionadas. Foi erguido providencialmente por Deus para garantir a liberdade de consciência e exportar a fé verdadeira, mas acabou se transformando no líder do Protestantismo apostatado. Neste sentido ele cumpre rigorosamente a profecia de Apocalipse 13: 11, pois que nasceu com as características do Cordeiro, mas hoje fala como o dragão.
          Enquanto que estes poderes políticos mundiais atuam e interagem, quer seja aberta ou secretamente, e seguem muito atentos uns contra os outros, como supostos rivais, ignoram o verdadeiro protagonista do final da História: os judeus, distinguidos em Daniel 10: 14 como a grande estrela referencial para nos guiar à Segunda Vinda de Jesus.
          O relativamente recente estabelecimento do Novo Estado de Israel, logo transformado em uma significativa potência entre as nações, foi a grande novidade no cenário político mundial do tempo do fim.
          Apesar de reduzido numericamente em termos de habitantes, conforme o expressa a profecia de Deuteronômio 4: 27:
            “O Senhor vos espalhará entre os povos, e restareis poucos em número entre as gentes aonde o Senhor vos conduzirá”, este país vem impressionando pela sua cultura e economia, ocupando com desenvoltura o espaço político que lhe foi designado, como o foco principal das profecias do final dos tempos.
            A sua redução numérica é mais um sinal que se cumpriu, pois, segundo a Internet, existem pouco mais de 13 milhões de judeus no mundo, enquanto a China, do mesmo tronco noético, apresenta 1.368.462.000 de habitantes. Isto surpreende em face da antiguidade deste povo milenar, mas não em face da profecia.
            Mas o que mais impressiona é o fato de Israel, apesar de ter ficado dois milênios sem um território, foi capaz de manter sua identidade nacional e aparecer, surpreendentemente, no foco das nações, com cerca de seis milhões de judeus, conforme o Google. Segue, contudo, o desafio da profecia pois que, segundo a presciência divina, o número dos remanescentes desta nação, a serem selados para a salvação, será ainda muito menor, conforme Apocalipse 7: 4:
            “Então, ouvi o número dos que foram selados, que era cento e quarenta e quatro mil, de todas as tribos dos filhos de Israel”. 
            Este número, mesmo que acompanhado de seus respectivos familiares, representa muito pouco para qualquer nação do mundo. Mas, com Cristo, o Senhor dos Exércitos à frente do seu reduzido remanescente, prevalecerão contra o maior exército de todos os tempos, quantificado em 200 milhões de combatentes.
            Apesar de quase invisível nos mapas, Israel apresenta, contudo, o mais alto padrão de vida do Oriente Médio, exibindo uma renda per capta anual de mais de US$32.000,00. O seu maior troféu, no entanto, está ainda por ser obtido na conquista indireta para o Senhor, de uma população inumerável de cristãos que se encontram indecisos no seio das igrejas militantes e da Babilônia espiritual.
Não é de graça que Israel apresenta a maior concentração de repórteres por m² do planeta. Ele é, simplesmente, o pivô das profecias do tempo do fim.
Nasceu politicamente antes das dores do seu parto espiritual, contando com a promessa divina exarada em Isaías 66: 9, de que Deus não o abandonaria antes de sua conversão a Cristo, ao Messias que foi rejeitado.
Já situados, segundo a Bíblia Sagrada, no final do sexto milênio e da última geração da Terra, com o pivô das profecias já estabelecido, podemos testemunhar a ira maligna contra o povo escolhido, no sentido de interromper os desígnios de Deus. Concentremos, pois, nossa atenção em outra profecia em fase de cumprimento e na promessa que lhe acompanha:
“Quando estiveres em angústia e todas estas coisas te sobrevierem nos últimos dias e te voltares para o Senhor, teu Deus, e Lhe atenderes a voz, então, o Senhor, teu Deus não te desamparará, porquanto é Deus misericordioso, nem te destruirá, nem Se esquecerá da aliança que jurou a teus pais” - Deuteronômio 4: 30-31.
Assim é que Israel, como uma nação independente, já se encontra no seu posto, mas sob a altíssima pressão de seus poderosos inimigos. Infelizmente o reconhecimento tardio do Filho de Deus acabará levando a nação para um novo holocausto, o das dores de parto que ainda trarão à luz o remanescente fiel profetizado.
Este é o próximo passo que nos será dado testemunhar, de acordo com o que foi anunciado pelos antigos profetas. 
Enquanto todos os estadistas do tempo presente estão atentos às notícias de Israel, a Igreja de Laodiceia parece sonolenta diante destes portentosos sinais. Os judeus são muito poucos para influírem tanto, dizem. Serão, mesmo?
        O que poucos estão se apercebendo é que esta transição para o sétimo milênio não se dará com base nos méritos de articulações políticas, nem tampouco por meio das instituições religiosas, mas de acordo com os desígnios pré-anunciados para esta fase da História, que inclui a união da Política com a Religião, reconstituindo o quadro político-religioso da Idade Média e o importante papel de Israel na disseminação do evangelho.  
           Assim como na antiguidade todos os grandes impérios mundiais passaram, permanecendo o inexpressivo povo judeu, atualmente, ao lado do gigantesco império mundial que se levanta, encontra-se o minúsculo Israel que, embora ainda tenha que ser reduzido dramaticamente, pelas guerras que se avizinham, será a única nação que permanecerá para sempre.
          Permanecerão também com ela todos os que seguirem o exemplo do seu remanescente fiel, o qual será assinalado em Jerusalém como aqueles que guardam os mandamentos originais de Deus e têm o testemunho de Jesus.

          Precisamos, portanto, colocar em relevo esta base geográfica referencial estabelecida por Deus para guiar seu povo situado entre as nações.

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