Diz o Apocalipse 10: 1 “Vi
outro anjo forte descendo do céu, envolto em nuvem, com o arco íris por cima de
Sua cabeça; o rosto era como o sol, e as pernas, como colunas de fogo”;
Estas características do
‘anjo forte’ indicam tratar-se do Senhor Jesus, descendo do céu, porque em
Apocalipse 1: 16 é o Seu rosto, glorificado, que brilha como o sol; e, em
Mateus 17: 2, na transfiguração, o Seu rosto resplandecera da mesma forma.
A palavra anjo, neste
caso, deve, evidentemente, ser entendida em seu sentido etimológico:
mensageiro. Aqui Jesus tem uma mensagem de vital importância para dar à última
geração, a nossa. Como o tema é complexo, toda atenção será requerida.
Apocalipse 10: 2: “e
tinha na mão um livrinho aberto. Pôs o pé direito sobre o mar, e o esquerdo
sobre a Terra”.
A palavra livrinho
aparece somente neste capítulo e sugere tratar-se de um dos 66 livros da
Bíblia. A palavra aberto, no original grego, implica em que o livrinho fora
aberto, porque estava fechado, e ainda continuava aberto. Sua abertura
significa, naturalmente, uma revelação que permanecera lacrada através dos
séculos, até o presente. Portanto deve se tratar de algo muito precioso, mas específico
para o final da última geração.
A universalidade desta
última mensagem é sugerida pela colocação do pé direito de Jesus sobre o mar e
o esquerdo sobre a terra seca, o que demonstra, também, o Seu amplo
envolvimento no conflito final contra Satanás.
Resta saber, por
enquanto, de qual dos livros da Bíblia nos é dito que fora fechado ou selado
para não ser entendido, e que deveria ser aberto ou entendido somente no final
do tempo do fim. A resposta se encontra apenas em Daniel 12: 4:
“Tu, porém, Daniel,
encerra as palavras e sela o livro, até ao tempo do fim; muitos o
esquadrinharão e o saber se multiplicará”.
Esta recomendação
implica em revelações específicas para o final dos tempos, devendo certamente
apresentar alguma interação importante com o livro das Revelações de João, o
qual foi destinado também para revelar os misteriosos eventos finais. E, como
podemos verificar, na interação dos versos de Apocalipse 10: 2 com Daniel 12:
4, isso é verdade, conforme passaremos a comprovar.
Antes de continuarmos,
gostaríamos de abrir um parêntese sobre a expressão ‘encerra as
palavras’, de Daniel 12: 4. Diz-nos o texto sagrado que Daniel devia
encerrar, neste verso, as palavras de seu livro como um todo. E, se
verificarmos os três primeiros versículos deste último capítulo do livro de
Daniel, concluiremos ser este realmente o caso. Estes três versos nos levam,
inquestionavelmente, ao ponto culminante das profecias de Daniel: final do
juízo dos vivos, no Santíssimo, com o fechamento da porta da graça - quando
será tido por salvo apenas os que forem mantidos inscritos no livro da vida –
verso um. A inspiração faz questão de nos levar até mesmo ao final do tempo de
angústia de Jacó, no qual os filhos de Deus estarão se livrando de um decreto
de morte, o que coincidirá com a queda da Babilônia liderada pelo papado, queda
essa anunciada em Daniel 11: 45 e ratificada em Apocalipse 16: 19, no contexto
da sétima praga.
Miguel, o Grande
Príncipe, representa Jesus, o mesmo personagem de Apocalipse 10: 1-2, só que no
Apocalipse 10 Ele se encontra descendo à Terra na forma de um anjo forte para
participar mais diretamente da peleja final, conforme nos revela o Apocalipse
17: 14, que nos informa sobre o Seu envolvimento na derrubada da grande
Babilônia.
“Pelejarão eles contra o
Cordeiro e o Cordeiro os vencerá, pois é o Senhor dos senhores e o Rei dos
reis. Vencerão também os chamados, eleitos e fieis que se acham com Ele”.
Na sequência destes
desvendamentos que contarão com a intervenção direta do Senhor dos Exércitos,
segue o versículo dois de Daniel doze:
“Muitos dos que
dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para
vergonha e horror eterno.”
Aqui somos
transportados, inquestionavelmente, para as vésperas da eternidade, quando terá
lugar uma ressurreição especial de mortos. Estaremos, portanto, às portas da
Segunda Vinda de Cristo! E este é o dramático final das profecias de Daniel.
Alguns dos filhos de Deus serão honrados com esta ressurreição antecipada para
ver Jesus voltando, como é o caso daqueles que morreram conectados com essa
esperança, como os que foram citados em Apocalipse 14: 13. Outros ressuscitarão
para vergonha eterna, dando cumprimento às palavras citadas em Mateus 26: 64 b:
“Vereis o Filho do Homem
assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu”.
Estes, certamente
morrerão logo após vislumbrarem o glorioso evento, pois deverão ser guardados
sem vida até a segunda ressurreição para enfrentarem a terceira morte, no fogo,
após o milênio.
Daniel 12: 3 faz, finalmente,
alusão à recompensa gloriosa dos justos vivos no seu livramento do decreto de
morte, uma vez que (“os que forem sábios, pois, resplandecerão como o
fulgor do firmamento”), demarcando o encerramento do livro, concluído,
objetivamente, no verso quatro:
“... encerra as
palavras e sela o livro.”
Os últimos nove
versículos de Daniel 12 são considerados como um epílogo da última visão por
tratar de um discurso falado após a conclusão do drama do pecado, visando
auxiliar no seu desvendamento.
E, como tal, ele deverá
nos apresentar algo novo, surpreendente e indispensável para a elucidação do
grande final profético.
Como veremos a seguir, o
epílogo de Daniel 12, estudado em paralelo com a continuação de Apocalipse 10,
iluminará muitos detalhes pouco compreendidos até agora, e o que estava
incompreensível em Daniel 12 se esclarecerá no contexto do Apocalipse 10 e
vice-versa. Isto porque um capítulo é a chave para o desvendamento do outro.
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